Conheci no blog Fio de Ariadne, um espaço muito legal para quem gosta de literatura, um concurso de contos inspirados em contos de fadas. Resolvi participar e meu conto foi um dos seis finalistas! Agora todos serão submetidos a um juri de blogueiros que escolherá o vencedor junto com a audiência do blog. O melhor conto receberá um exemplar do livro Contos de Fadas de Perault, Grimm, Andersen & Outros, da Editora Zahar, que é parceira do blog no concurso.
Quer ajudar a escolher o melhor conto? Conheça o blog Fio de Ariadne!
Quer ajudar a escolher o melhor conto? Conheça o blog Fio de Ariadne!
d
O TOC DA BRANCA DE NEVE
A princesa Branca de Neve tinha motivos de sobra para fugir do castelo. O rei havia morrido e sua boa vida de princesa estava com os dias contados. Sua madrasta, que havia ocupado o trono, planejava fazer uma grande redecoração no castelo, trocando tudo de lugar. Como tinha horror a ambientes desarrumados, Branca de Neve resolveu fugir para a floresta.
Quando anoiteceu, a princesa acomodou-se no tronco de uma árvore e dormiu. Ao acordar na manhã seguinte, viu-se rodeada de veados, coelhos, passarinhos e outros bichinhos curiosos. Perguntou-lhes se conheciam um lugar onde pudesse comer e descansar e foi levada até uma clareira na floresta, onde havia uma pequena casa. Ao entrar, Branca de Neve deparou-se com uma cena que a deixou aterrorizada: roupas espalhadas pelo chão, restos de comida nos pratos largados sobre a mesa, móveis empoeirados. Uma grande bagunça tomava conta do lugar.
Chocada, Branca de Neve reuniu os bichinhos da floresta, que prontamente obedeceram as suas ordens de varrer, lavar, guardar e arrumar a casa. Depois que tudo ficou absolutamente limpo, ela juntou as sete pequenas caminhas que havia em um dos quartos e adormeceu. Estava tão cansada que não despertou nem mesmo quando os donos da casa chegaram. Eram sete simpáticos anões, que trabalhavam numa mina de ouro da floresta. Quando viram Branca de Neve, eles se encantaram com sua beleza e decidiram protegê-la, velando seu sono ao lado dos bichinhos.
Na manhã seguinte, Branca de Neve apresentou-se aos donos da casa, que a convidaram a morar com eles, pois nunca haviam visto sua casa tão bonita e arrumada. A princesa aceitou, mas disse que seria necessário organizar a rotina da casa dali em diante, para que todos vivessem satisfeitos e em paz. Os anões aceitaram sorridentes a proposta de Branca de Neve, acreditando que dali em diante, na companhia da linda princesa, viveriam muito mais felizes.
Alguns dias depois, a vida dos anões havia se transformado num inferno de trabalho o organização doméstica. Sob as ordens de Branca de Neve, Mestre preparava as refeições da casa, todas nutricionalmente balanceadas, enquanto Zangado arrumava e servia a mesa segundo as mais rígidas regras da etiqueta. Soneca lavava as roupas diariamente, separando as peças brancas das coloridas, enquanto Dengoso as passava uma a uma. Atchin fazia as camas e arrumava as gavetas ao mesmo tempo em que Feliz varria e tirava o pó da casa, cuidando ainda de manter as flores dos vasos sempre viçosas. Dunga era o titular da meticulosa limpeza diária do banheiro, enquanto os bichinhos da floresta cuidavam do jardim para que estivesse sempre limpo e arrumado.
Um dia, voltando da mina de ouro para casa, onde mais trabalho os esperava, os anões encontraram um guarda florestal. Esperando que alguém pudesse ajudá-los, contaram o que estavam passando nas mãos de Branca de Neve. O guarda penalizou-se de sua situação e disse que, se pudesse, faria algo para ajudá-los. Os anões tiveram então uma ideia: o guarda iria até sua casa disfarçado de príncipe e veria de perto a vida sofrida que eles estavam levando. E denunciaria a princesa às autoridades do reino por exploração de minorias.
Naquela noite, depois que acabaram suas obrigações domésticas, os anões foram para a sala, onde Branca de Neve os esperava para contar como havia sido o seu dia. Mas antes que ela começasse a falar, alguém bateu na porta. Era o guarda, que se apresentou como um príncipe de um reino próximo que viajava e havia se perdido na floresta. Sem desconfiar, Branca de Neve o recebeu, pedindo a Mestre e Zangado que preparassem algo na cozinha para servir ao convidado.
A princesa Branca de Neve tinha motivos de sobra para fugir do castelo. O rei havia morrido e sua boa vida de princesa estava com os dias contados. Sua madrasta, que havia ocupado o trono, planejava fazer uma grande redecoração no castelo, trocando tudo de lugar. Como tinha horror a ambientes desarrumados, Branca de Neve resolveu fugir para a floresta.
Quando anoiteceu, a princesa acomodou-se no tronco de uma árvore e dormiu. Ao acordar na manhã seguinte, viu-se rodeada de veados, coelhos, passarinhos e outros bichinhos curiosos. Perguntou-lhes se conheciam um lugar onde pudesse comer e descansar e foi levada até uma clareira na floresta, onde havia uma pequena casa. Ao entrar, Branca de Neve deparou-se com uma cena que a deixou aterrorizada: roupas espalhadas pelo chão, restos de comida nos pratos largados sobre a mesa, móveis empoeirados. Uma grande bagunça tomava conta do lugar.
Chocada, Branca de Neve reuniu os bichinhos da floresta, que prontamente obedeceram as suas ordens de varrer, lavar, guardar e arrumar a casa. Depois que tudo ficou absolutamente limpo, ela juntou as sete pequenas caminhas que havia em um dos quartos e adormeceu. Estava tão cansada que não despertou nem mesmo quando os donos da casa chegaram. Eram sete simpáticos anões, que trabalhavam numa mina de ouro da floresta. Quando viram Branca de Neve, eles se encantaram com sua beleza e decidiram protegê-la, velando seu sono ao lado dos bichinhos.
Na manhã seguinte, Branca de Neve apresentou-se aos donos da casa, que a convidaram a morar com eles, pois nunca haviam visto sua casa tão bonita e arrumada. A princesa aceitou, mas disse que seria necessário organizar a rotina da casa dali em diante, para que todos vivessem satisfeitos e em paz. Os anões aceitaram sorridentes a proposta de Branca de Neve, acreditando que dali em diante, na companhia da linda princesa, viveriam muito mais felizes.
Alguns dias depois, a vida dos anões havia se transformado num inferno de trabalho o organização doméstica. Sob as ordens de Branca de Neve, Mestre preparava as refeições da casa, todas nutricionalmente balanceadas, enquanto Zangado arrumava e servia a mesa segundo as mais rígidas regras da etiqueta. Soneca lavava as roupas diariamente, separando as peças brancas das coloridas, enquanto Dengoso as passava uma a uma. Atchin fazia as camas e arrumava as gavetas ao mesmo tempo em que Feliz varria e tirava o pó da casa, cuidando ainda de manter as flores dos vasos sempre viçosas. Dunga era o titular da meticulosa limpeza diária do banheiro, enquanto os bichinhos da floresta cuidavam do jardim para que estivesse sempre limpo e arrumado.
Um dia, voltando da mina de ouro para casa, onde mais trabalho os esperava, os anões encontraram um guarda florestal. Esperando que alguém pudesse ajudá-los, contaram o que estavam passando nas mãos de Branca de Neve. O guarda penalizou-se de sua situação e disse que, se pudesse, faria algo para ajudá-los. Os anões tiveram então uma ideia: o guarda iria até sua casa disfarçado de príncipe e veria de perto a vida sofrida que eles estavam levando. E denunciaria a princesa às autoridades do reino por exploração de minorias.
Naquela noite, depois que acabaram suas obrigações domésticas, os anões foram para a sala, onde Branca de Neve os esperava para contar como havia sido o seu dia. Mas antes que ela começasse a falar, alguém bateu na porta. Era o guarda, que se apresentou como um príncipe de um reino próximo que viajava e havia se perdido na floresta. Sem desconfiar, Branca de Neve o recebeu, pedindo a Mestre e Zangado que preparassem algo na cozinha para servir ao convidado.
O guarda passou horas agradabilíssimas ao lado de Branca de Neve e acabou aceitando seu convite para passar a noite na casa. Foi dormir impressionado com a perfeição de sua anfitriã e chegou a pensar que os anões exageravam nas suas reclamações. Mas tudo mudou na manhã seguinte, quando o guarda acordou e olhou pela janela do quarto onde estava. Branca de Neve comandava energicamente o trabalho dos bichinhos da floresta, fazendo-os varrer e limpar todos os cantos do jardim. Sequer uma folha caída das árvores deveria ficar pelo chão!
A madrasta, ao receber do guarda florestal as denúncias de maus tratos a animais praticados por Branca de Neve, mandou buscá-la na casa dos sete anões e internou-a numa clínica para tratamento de transtorno obsessivo compulsivo. Felizes por poderem voltar à sua antiga rotina de bagunça, e satisfeitos por terem ganho a amizade do guarda florestal, os sete anões e os animaizinhos da floresta foram felizes para sempre.
A madrasta, ao receber do guarda florestal as denúncias de maus tratos a animais praticados por Branca de Neve, mandou buscá-la na casa dos sete anões e internou-a numa clínica para tratamento de transtorno obsessivo compulsivo. Felizes por poderem voltar à sua antiga rotina de bagunça, e satisfeitos por terem ganho a amizade do guarda florestal, os sete anões e os animaizinhos da floresta foram felizes para sempre.
rsrsrrsrrsr...um conto realmente de f**as e não de fadas... eita!!! Branca de Neve contemporânea é isso mesmo... rsrrsrs... Já tem um link pro seu conto lá no meu blog. Vá conhecer o Chocolate pois será um prazer recebê-la.
ResponderExcluirBeijokas e uma semana maravilhosa pra vc.
Seguindo...
Lucia
ResponderExcluirOlá como vai?
Estava te devendo uma visita e agora é que venho de parabenizar pelo seu conto.
Gostei muito da forma como escrevestes, de sua criatividade.
Confesso que não gostei de como foi castigada a pobre da Branca de Neve que além de ter sido acusada de mal tratos aos anumais acabou internada numa clinica de tratamento de TOC. Coitadinha dela e acho que quem foi culpada dela ficar assim foi a madastra. Hummm
Boa Sorte!
Beijos e um lindo dia