terça-feira, 9 de julho de 2013

"Eu e o autor"

É sempre ótimo receber notícias das andanças de "Procura-se um coração" pelas escolas do Brasil. A última que recebi foi do Centro Educacional Ayrton Senna, que fica em Várzea Grande, no Mato Grosso. A professora Jaqueline Santos, do nono ano do ensino fundamental, fez um roda de leitura com o livro e selecionou-o para o projeto "Eu e o autor", que ela faz há mais de 20 anos na escola.
No projeto, os jovens escrevem para os autores, dizem o que acharam da história, fazem perguntas. E farão uma exposição de leitura tendo o livro como tema!
Em agosto, ainda pelo projeto, haverá uma palestra na escola sobre doação de órgãos, pela coordenadora da Central de Transplantes local.
Recebi da Jaqueline as fotos dos jovens indo para o correio levar as cartas e trabalhando com o livro. Adorei! Obrigada a todos!







domingo, 17 de junho de 2012

Encontrando corações


Quem consegue lançar um livro fica muito feliz, claro! No Brasil, apesar de sermos tantos, poucas pessoas têm o hábito de ler. Por isso publicar um livro é uma vitória! Mas depois da alegria, vem aquela insegurança: Será que as pessoas vão ler meu livro? Será que vão gostar dele? Não dá para saber logo... Os livros precisam ser divulgados, comentados, e isso leva tempo.
Hoje, quase dois anos depois do lançamento, posso dizer que Procura-se um Coração está cumprindo uma trajetória muito legal. Tem sido adotado em várias escolas pelo Brasil e não passa muito tempo sem que eu receba um email de jovens que leram a história e se emocionaram com ela, além daqueles que mudaram sua visão sobre a doação de órgãos.
Posso dizer então que Procura-se um Coração encontrou muitos corações e estou muito feliz e recompensada por ter feito esse trabalho.
Quero agradecer especialmente a Maria Clara Schlichting, Claudia Mimbela Flores e a professora Jacinta Caron ( do Colégio Saint Michel), Luciana Arruda, a professora Sirlanda Ximenez (do Centro Educacional José de Anchieta, em São João de Meriti), Clara, Marina de Mato Grosso, Ana Luisa de Campos dos Goytacazes, Eloísa de Brasília, e William, de Aquiraz, no Ceará. Obrigada pelo carinho!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

II Festa Literária de Santa Maria Madalena. Eu vou!

De 26 a 28 de agosto acontece na serra fluminense a II Festa Literária de Santa Maria Madalena, com poesia, teatro, música, exposições, oficinas, feira de livros e muitas outras atrações gratuitas para toda a família. Eu vou estar lá com o meu livro na tarde do domingo, dia 28, num bate-papo na praça principal de Madalena.
Encravada na Serra Fluminense, a 230 quilômetros do Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena mantém a arquitetura do tempo dos barões do café, em meio ao verde da Mata Atlântica. Dizem que a combinação de beleza e simplicidade é o que mais encanta os visitantes. Imagino que a festa vai ser um programa muito bacana!
Esse ano a FLIM faz uma homenagem à escritora e teatróloga Maria Clara Machado (1921-2001), que renovou o teatro infantil brasileiro, escreveu mais de 100 peças e formou centenas de atores no seu Teatro Tablado.

Para quem quer conhecer melhor a FLIM, a jornalista Solange Noronha escreveu uma belíssima matéria sobre o evento. Vale a pena ler! A programação está no site da FLIM 2011.


A cidade fica toda enfeitada para a FLIM:














As crianças e jovens aproveitam toda a programação:
 



sexta-feira, 18 de março de 2011

Wanted: A Hearth


Boa notícia: Procura-se um coração estará na 48ª edição da Bologna Chidren´s Book Fair 2011, que acontece entre os dias 28 e 31 de março, na Itália.
O livro integra o catálogo da Editora FTD que participa do evento através da Brazilian Publishers – Projeto Setorial Integrado de Exportação de Conteúdo Editorial, iniciativa que tem o objetivo de promover o segmento editorial brasileiro no mercado global.
O projeto é resultado do convênio firmado entre a Câmara Brasileira do Livro – CBL e a Apex- Agência Brasileira de Promoção, Exportações e Investimentos, vinculada ao Ministério do Comércio Exterior.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Procura-se um coração nas escolas


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Descobri na internet que várias escolas adotaram Procura-se um coração como livro extraclasse em 2011. Fiquei super contente, é claro, pois esse ano a história de Lela e Biel vai ser lida por jovens de Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Aracaju, Nova Iguaçu, Olinda, Petrolina, Goiânia, Trindade, Lages, Feira de Santana e muitas outras cidades pelo Brasil!
Quero dividir essa alegria com a Sônia Magalhães, uma maravilhosa parceira que ilustrou o meu livro, ou melhor, deu vida a ele. Nós nos conhecemos há pouco tempo, pelo Facebook, e logo ficamos “amigas de infância”!
A Sônia é uma ilustradora incrível que trabalha com colagem e consegue resultados surpreendentes, tornando mais especiais os livros, revistas, cartões e cartazes que passam por suas mãos. Ele trabalha com cola e tesoura e também digitalmente, e adora ministrar cursos e palestras sobre o que faz. Enfim, uma "bam bam bam" da ilustração brasileira. Vale a pena conhecer o trabalho da Sônia Magalhães no seu blog.
Aqui, mais um pouquinho do lindo trabalho que ela fez para as páginas de Procura-se um Coração.



























segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Essa garotada é demais!

Já contei aqui sobre o primeiro retorno que tive de leitores do meu livro, Procura-se um Coração, que veio do Colégio Saint Michel, em Curitiba.
Um dia recebi um email da Claudia Flores contando que o livro havia sido adotado na sua turma. Claudia contou ainda que ela e seus colegas, antes mesmo de ler o livro, haviam feito uma mobilização na cidade pela doação de órgãos, porque a mãe de uma das meninas da turma estava na fila de transplantes. Era algo muito parecido com o que eu havia escrito no meu livro!
Desde então passei a me corresponder com algumas alunas do Colégio Saint Michel e com a Jacinta Caron, sua diretora pedagógica, que foi quem descobriu meu livro. E tive a honra de ser convidada para o Fórum de Encerramento do Projeto Teia da Vida, no dia 29 de outubro, que seria a culminância de tudo que foi feito na escola sobre o tema da doação de órgãos.
Infelizmente uma otite muito forte me impediu de viajar até Curitiba para conhecer de perto essa garotada tão bacana, mas fui muito bem representada no evento pelo meu amigo virtual Gilberto Tissei, que está na fila de transplantes e coincidentemente mora em Curitiba.
Gilberto me contou tudo. Cada sala de aula se empenhou em fazer um trabalho focado em um determinado assunto sobre doação de órgãos: medula, ossos, rim, coração, figado. Os visitantes entravam nas salas de aula e recebiam informações dos alunos. E assim, de sala em sala, conheciam diversos aspectos dos transplantes e das doações.
Agora, finalmente, recebi as fotos do evento, que aqui estão. Fico muito, mas muito orgulhosa de ter, de alguma forma, participado dessa mobilização tão bonita feita por esses jovens maravilhosos e seus professores, que deram um show de sensibilidade e amor ao próximo escolhendo um tema tão difícil como a doação de órgãos para trabalhar.







































segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Toc da Branca de Neve é finalista de concurso de contos para blogueiros

Conheci no blog Fio de Ariadne, um espaço muito legal para quem gosta de literatura, um concurso de contos inspirados em contos de fadas. Resolvi participar e meu conto foi um dos seis finalistas! Agora todos serão submetidos a um juri de blogueiros que escolherá o vencedor junto com a audiência do blog. O melhor conto receberá um exemplar do livro Contos de Fadas de Perault, Grimm, Andersen & Outros, da Editora Zahar, que é parceira do blog no concurso.
Quer ajudar a escolher o melhor conto? Conheça o blog Fio de Ariadne!
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O TOC DA BRANCA DE NEVE
A princesa Branca de Neve tinha motivos de sobra para fugir do castelo. O rei havia morrido e sua boa vida de princesa estava com os dias contados. Sua madrasta, que havia ocupado o trono, planejava fazer uma grande redecoração no castelo, trocando tudo de lugar. Como tinha horror a ambientes desarrumados, Branca de Neve resolveu fugir para a floresta.
Quando anoiteceu, a princesa acomodou-se no tronco de uma árvore e dormiu. Ao acordar na manhã seguinte, viu-se rodeada de veados, coelhos, passarinhos e outros bichinhos curiosos. Perguntou-lhes se conheciam um lugar onde pudesse comer e descansar e foi levada até uma clareira na floresta, onde havia uma pequena casa. Ao entrar, Branca de Neve deparou-se com uma cena que a deixou aterrorizada: roupas espalhadas pelo chão, restos de comida nos pratos largados sobre a mesa, móveis empoeirados. Uma grande bagunça tomava conta do lugar.
Chocada, Branca de Neve reuniu os bichinhos da floresta, que prontamente obedeceram as suas ordens de varrer, lavar, guardar e arrumar a casa. Depois que tudo ficou absolutamente limpo, ela juntou as sete pequenas caminhas que havia em um dos quartos e adormeceu. Estava tão cansada que não despertou nem mesmo quando os donos da casa chegaram. Eram sete simpáticos anões, que trabalhavam numa mina de ouro da floresta. Quando viram Branca de Neve, eles se encantaram com sua beleza e decidiram protegê-la, velando seu sono ao lado dos bichinhos.
Na manhã seguinte, Branca de Neve apresentou-se aos donos da casa, que a convidaram a morar com eles, pois nunca haviam visto sua casa tão bonita e arrumada. A princesa aceitou, mas disse que seria necessário organizar a rotina da casa dali em diante, para que todos vivessem satisfeitos e em paz. Os anões aceitaram sorridentes a proposta de Branca de Neve, acreditando que dali em diante, na companhia da linda princesa, viveriam muito mais felizes.
Alguns dias depois, a vida dos anões havia se transformado num inferno de trabalho o organização doméstica. Sob as ordens de Branca de Neve, Mestre preparava as refeições da casa, todas nutricionalmente balanceadas, enquanto Zangado arrumava e servia a mesa segundo as mais rígidas regras da etiqueta. Soneca lavava as roupas diariamente, separando as peças brancas das coloridas, enquanto Dengoso as passava uma a uma. Atchin fazia as camas e arrumava as gavetas ao mesmo tempo em que Feliz varria e tirava o pó da casa, cuidando ainda de manter as flores dos vasos sempre viçosas. Dunga era o titular da meticulosa limpeza diária do banheiro, enquanto os bichinhos da floresta cuidavam do jardim para que estivesse sempre limpo e arrumado.
Um dia, voltando da mina de ouro para casa, onde mais trabalho os esperava, os anões encontraram um guarda florestal. Esperando que alguém pudesse ajudá-los, contaram o que estavam passando nas mãos de Branca de Neve. O guarda penalizou-se de sua situação e disse que, se pudesse, faria algo para ajudá-los. Os anões tiveram então uma ideia: o guarda iria até sua casa disfarçado de príncipe e veria de perto a vida sofrida que eles estavam levando. E denunciaria a princesa às autoridades do reino por exploração de minorias.
Naquela noite, depois que acabaram suas obrigações domésticas, os anões foram para a sala, onde Branca de Neve os esperava para contar como havia sido o seu dia. Mas antes que ela começasse a falar, alguém bateu na porta. Era o guarda, que se apresentou como um príncipe de um reino próximo que viajava e havia se perdido na floresta. Sem desconfiar, Branca de Neve o recebeu, pedindo a Mestre e Zangado que preparassem algo na cozinha para servir ao convidado.
O guarda passou horas agradabilíssimas ao lado de Branca de Neve e acabou aceitando seu convite para passar a noite na casa. Foi dormir impressionado com a perfeição de sua anfitriã e chegou a pensar que os anões exageravam nas suas reclamações. Mas tudo mudou na manhã seguinte, quando o guarda acordou e olhou pela janela do quarto onde estava. Branca de Neve comandava energicamente o trabalho dos bichinhos da floresta, fazendo-os varrer e limpar todos os cantos do jardim. Sequer uma folha caída das árvores deveria ficar pelo chão!
A madrasta, ao receber do guarda florestal as denúncias de maus tratos a animais praticados por Branca de Neve, mandou buscá-la na casa dos sete anões e internou-a numa clínica para tratamento de transtorno obsessivo compulsivo. Felizes por poderem voltar à sua antiga rotina de bagunça, e satisfeitos por terem ganho a amizade do guarda florestal, os sete anões e os animaizinhos da floresta foram felizes para sempre.